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US Open cria um marco para a psicologia esportiva

Psicólogos aplaudem inicativa do Grand Slam em ajuda psicológica aos tenistas no torneio que começa nesta segunda-feira, dia 30


O Aberto dos Estados Unidos, um dos quatro maiores eventos do mundo de tênis que começa na segunda-feira, dia 30, anunciou a criação de um programa de assistência à saúde mental dos atletas que disputarem a competição em Nova York que termina no dia 12 de setembro. Cada atleta terá psicólogos credenciados pelo evento disponíveis para consultas.



A medida vem pouco depois dos seguidos casos de tenistas relatando problemas com a saúde mental, o caso mais grave e comentado da japonesa Naomi Osaka que inclusive desistiu de jogar Roland Garros e posteriormente Wimbledon alegando ter tido depressão e não saber direito lidar com a pressão oferecida pela mídia. Mais recentemente, nos Jogos Olímpicos, outros atletas admitiram sofrer com o problema, como a ginasta multicampeã no Rio de Janeiro 2016, a americana Simone Biles.

"É um marco da psicologia do esporte. A partir dessa data a psicologia do esporte passa a ser reconhecida oficialmente no tênis. Cuidar da saúde mental dos jogadores deveria ter sido feito há muito tempo, mas tudo tem seu tempo. É um divisor de águas onde a partir de agora se pode colocar a psicologia do esporte no mesmo patamar da fisioterapia, preparação física, é a saúde do corpo. Entra agora nos pré-requisitos para se ter um torneio de tênis. A partir deste torneio imagino que em breve o circuito inteiro do tênis e também outros esportes possam ter esse suporte psicológico aos atletas", disse Aparício Meneses, psicólogo esportivo e sócio do Projeto Único que é a união da PE Sports junto com Marcelo Abuchacra, do Tênis & Psicologia.

O US Open é um Grand Slam com alta exigência física e mental onde cada tenista em simples necessita disputar sete jogos e vencer todos para ser o campeão e no masculino jogar partidas em melhor de cinco sets.

"A importância de um trabalho psicológico para um tenista jogar um Grand Slam é fundamental . O sarrafo de um Grand Slam é muito alto, basicamente os 100 melhores do mundo competem, o nível é muito alto e para se competir nesse nível é preciso estar muito bem preparado psicologicamente , física e tecnicamente. Esse é um ponto importante. Se formos analisar o contexto de um Grand Slam, já pressiona os tenistas e no masculino ainda com melhor de cinco sets, jogos muito longos, batalhas extremamente duras, a resiliência, paciência , a tolerância a frustrações, desempenho nos momentos de pressão, a autoconfiança , a liberdade de preocupações, são habilidades psicológicas que precisam estar bem treinadas para se competir nesse nível", adicionou Abuchacra: "A Osaka deu um exemplo de um transtorno, uma crise que ela teve por conta de um déficit em questão relacionada a liberdade de preocupações, resiliência , desempenho sob pressão. Ela sucumbiu às variáveis e não conseguiu jogar em Roland Garros. Para ganhar um torneio desse nível é preciso estar bem preparado psicologicamente".

O Projeto Único é a união da PE Sports, do psicólogo Aparício Meneses e Tênis & Psicologia de Marcelo Abuchara. Os dois são especialistas de Psicologia Comportamental e atendem atletas de tênis e outras modalidades em um consultório diferenciado em São Paulo e também de forma online.

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