Segundo Caio Mastrodomenico, Ceo da Vallus Capital, esse movimento mostra a força e a relevância feminina na indústria
Por muito tempo o empreendedorismo foi visto como um cenário completamente dominado pelo sexo masculino, com poucas mulheres se aventurando a abrir um negócio próprio. Mas essa concepção tem mudado, e os empreendimentos idealizados por elas têm se consolidado cada vez mais no mercado.
Para Caio Mastrodomenico, CEO da Vallus Capital e especialista em gestão financeira para empresas, é preciso ter o entendimento de alguns pontos antes de começar um business. “Além do desejo e foco, empreender exigirá dedicação e tempo. Portanto, algumas tarefas terão de ser repassadas e divididas para que elas possam se dedicar de forma integral ao seu negócio. Isso não significa abrir mão da família e do lar, mas sim adequar a rotina aos novos projetos, visando um ganho maior no futuro”, relata.
Muitas pessoas empreendem por necessidade ou uma situação específica, e a pandemia deixou isso em evidência. “Independentemente do que o motivou a empreender, é preciso manter rigorosamente uma rotina de conferência e alimentação de dados sobre seu negócio. Anotar custos operacionais, volume de vendas, custo de propagandas, receitas futuras e índice de inadimplência são ações que auxiliam a manter o conhecimento mais profundo do seu negócio, permitindo tomada de decisões rápidas e fazendo com que ele prospere com poucas perdas”, pontua.
Além dos pontos citados acima, Caio ressalta a importância de alinhar os gastos com o fluxo de caixa. “Todos começam com um capital financeiro limitado e, para vencer esse desafio com êxito, é necessário ter uma programação de gastos alinhada com a realidade. Isso pode ser executado de forma simples, anotando o volume de vendas, custos operacionais e receitas futuras. Com o básico, é possível organizar o caixa com eficiência para manter as finanças sob controle”, alerta.
Segundo dados do PNADC de 2018, as mulheres representam aproximadamente 34% dos negócios formais e informais no país. Para o CEO, a tendência é que o número aumente, considerando a dedicação apresentada por essas empreendedoras. “Mesmo ocupando um espaço menor nesse ranking, podemos afirmar que as mulheres têm uma maior dedicação aos seus negócios se comparadas aos homens. Os desafios que elas atravessam durante sua evolução, atrelados ao amadurecimento pessoal alcançado prematuramente, refletem de forma positiva na hora de empreender”, opina.
De acordo com Caio Mastrodomenico, parte dessa busca por abrir um negócio próprio vem da necessidade de horários mais flexíveis, principalmente pela obrigação de conciliar uma vida profissional com as responsabilidades de casa. “Cuidar da família, da casa, da educação dos filhos e da geração de renda familiar é a realidade de muitas mulheres no nosso país. Elas precisam de flexibilidade para executar todos os esses afazeres com êxito”, finaliza.
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