Data estabelecida para aumentar a conscientização sobre o problema que, segundo dados da OMS, acomete 3% da população global.
13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), data estabelecida para aumentar a conscientização sobre o problema que, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), acomete 3% da população global. Os principais sintomas do déficit são desatenção, agitação e impulsividade.
“O TDAH é um transtorno neurobiológico que começa na infância e pode acompanhar o paciente na vida adulta”, afirma Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT, organização especializada em Acompanhamento Terapêutico.
Esse transtorno, apesar de comum, ainda é envolto por preconceitos e dúvidas. De acordo com uma pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria, muitas pessoas que vivem com TDAH não possuem diagnóstico adequado e nem tampouco contam com suporte psicoterapêutico ou psiquiátrico.
“Os sintomas do TDAH, caso o transtorno não seja tratado de forma correta, causam problemas no desenvolvimento da criança, assim como dificuldades sociais e profissionais na fase adulta”, afirma Colombini.
As pessoas com essa condição geralmente enfrentam adversidades como déficit no aprendizado e problemas de socialização, muitas vezes notados no início da idade escolar.
“O TDAH causa uma dificuldade na capacidade de autorregulação e autocontrole, por isso esses pacientes têm maior dificuldade em manter o foco em uma atividade e são considerados desatentos ou avoados”, explica o especialista. O diagnóstico é clínico, ou seja, é feito por meio de uma entrevista minuciosa e análise do histórico médico. “A identificação do TDAH é feita normalmente na infância, quando os sintomas começam a ficar evidentes”, afirma o psicólogo.
“Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhor, já que o apoio de profissionais especializados em saúde mental, da área da psicologia e da psiquiatria, são fundamentais para um desenvolvimento saudável”, continua Colombini. O tratamento recomendado para o TDAH têm diferentes focos, podendo incluir o uso de medicamentos e as sessões de psicoterapia.
O Acompanhamento Terapêutico, conhecido como AT, é uma das modalidades de terapia indicadas para pacientes com TDAH. “O AT tem como proposta oferecer sessões terapêuticas fora do consultório. Isso costuma dar ótimos resultados porque a flexibilidade do atendimento permite acompanhar o paciente durante os estudos e demais momentos de sua rotina, identificando os gatilhos que levam à desatenção e agitação”, esclarece o especialista.
O AT também oferece uma atenção especial aos pais no processo de terapia - a chamada orientação parental. “São comuns os casos de TDAH em crianças, sendo que os responsáveis têm papel primordial para o tratamento dos pequenos”, conclui Colombini.
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